Em declarações à rádio Observador, a coordenadora da delegação do CASA Porto corroborou que este aumento é sentido pelas equipas que trabalham no terreno com esta população. “Desde o início da pandemia que sentimos muito este aumento de pedidos de ajuda no CASA, nas nossas equipas de rua, mas também na gestão operacional que fazemos dos restaurantes solidários. Triplicámos o número de refeições servidas numa base diária e também sentimos os pedidos de ajuda de famílias carenciadas a aumentar de dia para dia, que vêm somar-se também a estes números que foram divulgados”, afirmou Ana Salão.
Sobre os motivos que estão a conduzir a este aumento de pessoas em situação de carência, a coordenadora do CASA Porto aponta que muitos utentes, na sequência da pandemia e consequente crise económica, “perderam o emprego, a casa”, um cenário agravado pelo “facto de haver pouca habitação e a política de arrendamento não ser a ideal.”
Ana Salão sublinha que muitas destas situações poderiam ter sido evitadas e defende que “é preciso apostar na prevenção”: “Pessoas cujos arrendamentos não foram renovados e ficaram sem casa… São necessárias mais habitações, mais alojamentos de emergência e, apostar mais em políticas técnicas da área social e da saúde, com especial enfoque na área da saúde mental”. “As respostas atuais não são suficientes”, garante a coordenadora.
Ana Salão conta ainda ao Observador que o CASA Porto criou, na sequência da pandemia, o projeto SOS CASA. “Este projeto aposta na ajuda às famílias. Numa primeira fase, ajudamos com bens imediatos, mas também orientamos e procuramos soluções alternativas para que possam ser respostas a longo prazo”
Mas a atividade do CASA Porto é muito mais alargada: “Fazemos a gestão operacional dos três restaurantes solidários da cidade do Porto, temos quatro equipas de rua, uma das quais foi criada após a pandemia e fazemos ainda a entrega de cabazes alimentares de forma quinzenal a 140 famílias”, explica Ana Salão.
CASA Porto prepara-se para abrir um quarto restaurante solidário
O Observador visitou um dos restaurantes solidários geridos pelo CASA, situado na baixa do Porto, e falou com Natália Coutinho, que coordenada a operação desta valência: “Tivemos um aumento exponencial com a pandemia. Passámos de cerca de 300 refeições diárias para cerca de 500. Tivemos de nos ajustar por questões de segurança, tanto dos voluntários como até dos utentes”, explica a responsável. “Deixámos de servir sentado e passámos a servir em formato de kit e com isso acabámos por abranger muito mais pessoas do que aquelas que inicialmente estavam consideradas.”
Vivemos num mundo repleto de desafios e desigualdades sociais. As pessoas em situação de sem-abrigo são uma parte vulnerável da nossa sociedade. Ajudar a melhorar as suas vidas é uma missão nobre e urgente. Junte-se a nós nesta missão.
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